Judith Arlego

Judith Arlego

(25.11.1917-07.05.1998)

 

Natural de Morro do Chapéu, Judith era filha de Ângelo Arlego e Josephina Ribeiro Arlego, que era a agente dos correios.

Após ser alfabetizada em casa pelas irmãs, fez o curso primário em Morro do Chapéu, tendo como primeira professora Amélia Mansfield Fernandes dos Santos. Concluído esse curso, continuou na escola na condição de assistente. Posteriormente, durante uma visita pastoral à Morro do Chapéu do Cardeal Arcebispo de Salvador, D. Augusto Álvaro da Silva, o Vigário da Freguesia, Cônego Tolentino Celestino da Silva e sua tia Adélia Ribeiro Paraguassú, solicitaram que o mesmo se interessasse pelo prosseguimento dos seus estudos. A resposta veio no mesmo ano e em dezembro de 1931 ela seguiu para Salvador, onde, como aluna interna, frequentou o Curso Normal do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, de Dona Anfrísia Santiago, onde se diplomou em professora em 25.11.1938.

Em setembro de 1939 fez concurso, e em 24.02.1940 foi nomeada regente efetiva da escola de América Dourada, onde permaneceu por seis anos. Em 31.03.1947 foi removida para uma escola recém-criada na cidade de Morro do Chapéu, da qual se tornou diretora em 1955. Nesse mesmo ano passou a lecionar no Grupo Escolar Coronel Dias Coelho, e foi designada para exercer a função de Delegada Escolar. Em 1957 deixou a regência de classe e a direção do grupo escolar. Em 1960 pediu exoneração do cargo de Delegada Escolar.

Em 1961 foi criado, em caráter particular, o Colégio Nossa Senhora da Graça, onde por 18 anos lecionou nos cursos primário e ginasial (português), pedagógico (didática geral, psicologia geral e infantil) e científico (psicologia social).

Em 1973 voltou a exercer o cargo de Delegada Escolar. A sua aposentadoria ocorreu no ano de 1979, após 39 anos de magistério.

Contribuiu com a vida cultural da cidade, tendo participado de várias peças teatrais, como: Onde estás felicidade? A cigana me enganou, A volta do Camaleão Alface e muitas outras. Fundou o Coral Orfeão Carlos Gomes, que em 1989 passou a chamar-se Morro em Canto. Também foi regente e mestra de canto. Escreveu os hinos dos colégio Nossa Senhora da Graça e Teotônio Marques Dourado Filho e, em 1984, o hino do município.

Em 10.10.1988, em uma justa homenagem, o centro cultural construído pela prefeitura na sede municipal, na gestão de Wilson Mendes, recebeu o seu nome.

Dentre os termos carinhosos que recebeu podemos citar; Patrimônio Cultural de Morro do Chapéu, Orgulho da Classe dos Professores, Educadora Amiga, Exemplo de Mestre, dentre outros. Também era muito alegre e gostava muito de festas e de dançar.


Comentários enviados nesta seção.

OCTAVIANO GONÇALVES DE OLIVEIRA
OCTAVIANO GONÇALVES DE OLIVEIRA em 19/07/2013 às 22:55:24 disse:

Professora Judith Arlego, a mestre de muitos mestres. Sabia a lingua portuguesa como poucos


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