(01.04.1902-17.09.1980)
Dantas Brito, que nasceu em
Ribeira do Pombal, era filho de Rogarciano Ferreira Dantas Brito e Maria
Francisca.
Sua primeira vinda para Morro do
Chapéu ocorreu em 1932, na condição de funcionário da Secretaria da Fazenda, no
cargo de coletor estadual. Em 1934, quando estava noivo de Amina Ribeiro de
Brito, filha de Miguel Ribeiro, foi transferido para Senhor do Bonfim em face
da sua promoção para o cargo de fiscal de rendas.
Sendo sua esposa natural de
Morro do Chapéu, para onde vinha sempre que possível, terminou por se afeiçoar
a essa cidade, de modo que ao se aposentar a escolheu para morar.
Foi prefeito de Morro do Chapéu
no período de 1955-1959, quando o tamanho do município e a falta de recursos não
permitiam grandes obras. Apesar de não ser político, aceitou ser prefeito
porque nessa época, parentes seus, a exemplo de seus primos Oliveira Brito e
Antônio Brito, respectivamente deputados federais e estaduais, tinham projeção
política a nível nacional, o que lhe deu esperança de realizar algumas obras.
Em função da intervenção de
Oliveira Brito, viajou para o Rio de Janeiro onde conseguiu viabilizar a
construção do campo de aviação da cidade, cuja inauguração contou com a
presença de cinco pequenos aviões. Esse campo foi construído no terreno que a
prefeitura havia adquirido para a retirada de material para fabricação de
tijolos.
Foi membro da Sociedade São
Vicente de Paula (fundada em 26.09.1916) e responsável pelo registro e
legalização da mesma, tendo inclusive, na condição de prefeito, construído a
primeira parte do Hospital São Vicente, que somente não foi inaugurado em sua
gestão face problemas burocráticos decorrentes de um incêndio ocorrido na
Secretaria da Saúde em Salvador.
Durante a sua gestão assumiu
apenas a parte administrativa da prefeitura, ficando a parte política à cargo
de Jubilino Cunegundes, conforme costume da época.
Dantas Brito
MANOEL DANTAS DA SILVA BRITO
Octaviano Oliveira (15.01.2018)
Dantas Brito, como era conhecido e tratado, filho de Rogaciano
Dantas Ferreira Brito e Maria Francisca Brito, nasceu na cidade de Ribeira do
Pombal em 01 de abril de 1902. Casou-se no dia 03 de janeiro de 1935 com a
morrense Amina Ribeiro de Brito, filha do conceituado comerciante Miguel
Ribeiro dos Santos e de Josefina Cavalcante de Souza, D. Zefina, e faleceu em
Salvador no dia 17 de setembro de 1980.
Esse distinto cidadão chegou a
Morro do Chapéu como coletor em 1932 e, já noivo, com a sua promoção para
Fiscal de Renda foi transferido para a cidade de Senhor do Bonfim. Depois de
casado vinha sempre a Morro do Chapéu, a terra da sua esposa, levando-o a
gostar muito da cidade que foi escolhida por ele para residir depois da sua
aposentadoria.
Dado ao seu parentesco com
políticos influentes à época, a exemplo de Oliveira Brito, ex-deputado federal
e Ex-Ministro de Obras Públicas, e de Antônio Brito ex-deputado estadual e
federal, ambos de grande expressão nacionalmente e também, em razão do seu grande
carisma junto à população, ele foi escolhido pelo líder político Jubilino
Conegundes para ser candidato a prefeito em 1954, vencendo aquele pleito ao
concorrer com Dr. Renato Passos de Oliveira, tendo ficado à frente da
administração do nosso município no período de 1955/1959.
No seu mandato, dentre outras
obras, conseguiu por intermédio de Oliveira Brito a construção do Campo de
Pouso em cuja inauguração pousaram cinco pequenos aviões, conforme escreveu
Antônio Dourado no seu site www.adourado.com.br.
Mesmo com a limitação dos recursos a sua gestão foi considerada boa. Ele fez
manutenção de estradas e realizou outras obras no interior do então extenso
município, entre a elas, a abertura da nova rodagem para a Fazenda Palmeira. Na sede, a sua mais importante obra foi a
construção da bela praça Augusto Públio (antiga Praça do Mercado, atualmente
chamada Praça da Minerva).
Fora as benfeitorias realizadas
como prefeito, Dantas Brito participou ativamente da Sociedade São Vicente de
Paulo, entidade fundada em 26 de setembro de 1916 pelo Coronel Dias Coelho e
seus amigos; conseguiu recursos para edificar o prédio do hospital que passou a
funcionar na presidência de Wilson Mendes na década de 70. Ainda, construiu o
lactário com consultório médico e outras dependências, onde era distribuído o leite
em pó enlatado e empacotado para as famílias carentes, que na época era recebido
do ”Programa Aliança Para o Progresso” do governo americano. Foi colaborador e
membro do Conselho Fiscal da Sociedade Filarmônica Minerva nos exercícios de
1950 e 1951.
Sempre simpático e atencioso com
todos que o procuravam, dizia que como prefeito cuidou apenas da parte
administrativa e a parte política ficou a cargo do seu líder político Jubilino
Cunegundes, sendo suas características como cidadão, a sua simpatia e sua delicadeza
ao tratar de mestre todos os senhores com quais ele conversava.
FOTO: Não foi conseguida uma foto
do Homenageado, por isso, foi postada uma fotografia da sua última residência
em Morro do Chapéu.