Olá, primo e irmão Zé Dourado, parabéns pela brilhante
iniciativa de escrever a história de Morro do Chapéu, nossa terra querida,
documentando-a com fotografias. Tenho certeza que você saberá estabelecer uma graduação de
valores entre os homenageados, até porque existem pessoas, cujos feitos por
Morro do Chapéu, jamais poderão ser esquecidos, a exemplo de Antonio Carlos
Magalhães.
A minha modesta homenagem a ele, fiz através deste
retrato em bico de pena:
ACM, Cabeça Branca, Prefeito do Século, Toninho Malvadeza foram alguns dos epítetos que o povo baiano lhe deu. Amado por uns, odiado por outros, Antonio Carlos Magalhães marcou a política baiana. Autoritário ao extremo, mas amigo dos amigos; para estes, as portas do palácio estavam sempre abertas, costumava dizer. Para os inimigos, nada. Esta faceta da sua personalidade é a que sobrevive na lembrança dos seus desafetos.
A outra, entretanto, ninguém pode negar; por óbvio: a do administrador. Nenhum político
baiano, em nenhuma época da história da Bahia, foi tão empreendedor e teve tanta visão de
futuro quanto Antonio Carlos Magalhães – como mostram as suas realizações tanto na capital,
quanto no interior.
A Microrregião de Irecê que o diga. Para lá ele levou energia elétrica de Paulo Afonso,
entre os quais Baixa Grande, Mundo Novo, Piritiba, Ipirá, Morro do Chapéu, Irecê, até Xique-
construiu a Ba 052, conhecida como a Estrada do Feijão, ligando a Capital a vários municípios,
Xique. Nada mais justo, portanto, que os baianos, em particular os habitantes desses municípios,
independente de suas preferências políticas, jamais esqueçam o seu grande benfeitor e se
lembrem de lhe prestar as homenagens devidas ... basta uma simples oração! Dia 20 de julho de 2013 foi aniversário de sua morte.
Luis Carlos Santos Lopes