Fonte: Octaviano Gonçalves Oliveira
Autor Professor Manoel Pedro da Silva
Filho
COLÉGIO NOSSA SENHORA
DA GRAÇA
O seu projeto de
criação, sua fundação e seu o funcionamento
Homenagem ao seu Cinquentenário
“Nesta casa de afeto e carinho, aprendemos amar a instrução...”
HINO DO COLÉGIO NOSSA SENHORA DA GRAÇA
Letra: Profª. Judith
Arlego
Música: José Ferreira
da Silva
Nesta
casa de afeto e carinho
Aprendemos
amar a instrução
Quem
se educa, prepara o futuro
Do
progresso, do bem e da razão
Sob olhar da Senhora da Graça
Preparemos o nosso futuro
Implorando que ela nos faça
Caprichosos, tementes e puros
O
amanhã nos acena sorrindo
Oh!
Cumpramos o nosso dever
Libertemos
das trevas o hino
Para
a vida sabermos viver
Somos jovens, audazes e jocundos
Haveremos
de honrar nossa raça
Cultivando
o amor mais profundo
Ao
Colégio Senhora da Graça!
SUMÁRIO
O idealismo e a luta de Padre Juca e outros
O tropeço do primeiro projeto
Movimento de criação do Centro Educacional Morrense
Criação do Ginásio Nossa Senhora da Graça, Exame de Admissão
e sua primeira turma ginasial
Primeira Diretoria e Professores Fundadores
Fundação do Grêmio Estudantil
Primeira turma de Licenciatura (4 ª Série Ginasial)
Primeira Turma de Professores
(relacionar os demais tópicos)
O idealismo e a luta de Padre Juca e outros.
Em março de 1947, chegava a Morro do Chapéu, o então Cônego José Soares França,
o Padre Juca, como era conhecido por todos de Morro do Chapéu e de toda a
região. Ele, um homem interessado não somente de vocação religiosa, mas também pela
educação, veio da cidade de Senhor do Bonfim,
nomeado que foi com vigário desta pároco pelo Revmº. Dom Henrique
Golland Trindade, bispo daquela diocese, à qual a paróquia de Morro do Chapéu
pertencia. Naquela cidade, sua terra natal, Padre Juca foi um dos fundadores do
Colégio Sagrado Coração de Jesus, pertencente à congregação Irmãos Maristas, uma
entidade de ensino muito conceituada na qual, estudaram muitos alunos de
diversos municípios baianos, inclusive de Morro do Chapéu e outros desta
região. O seu interesse e a sua paixão pela educação o levaram a ser nomeado
delegado escolar daquela cidade.
Chegando a Morro
do Chapéu, Padre Juca ficou angustiado com a situação dos jovens concluírem o
primário e não terem como prosseguir nos estudos, devido à falta de um
curso ginasial nesta cidade e em nenhuma
outra da redondeza, ainda mais por a maioria das famílias não dispor de
recursos para mandar os filhos estudarem em Senhor do Bonfim ou mesmo Jacobina,
muito menos, na capital do Estado. Constatando tal situação nas suas viagens
como religioso por mais de uma década, alimentou ele um projeto nesse sentido e empenhou-se em
criar um colégio em Morro do Chapéu. Mas, como e o que fazer? Foi quando em 1957
teve a iniciativa de apelar para seu amigo Edivaldo Valois Coutinho, Deputado
Estadual, genro do líder político João Gomes da Rocha e votado na região, prometeu
empenhar-se por esta causa junto ao Governo do Estado, fazendo um pedido para
ser criado um ginásio deste município. Cumprindo a sua promessa, o saudoso
Deputado apelou para o Governo Estadual que prometeu incluir Morro do Chapéu
entre os municípios a serem contemplados com o projeto a ser enviado à
Assembleia para a criação de colégio em alguns municípios baianos. O Projeto de
Lei nº 672/57 foi enviando ao Legislativo Baiano sem constar o nome de Morro do
Chapéu, contudo, o Deputado Edivaldo Valois em tempo, apresentou uma emenda com
o seguinte encaminhamento: “Acrescente-se
ao artigo 1º das sessões em 27/5/57 – Edivaldo
Valois Coutinho – Deputado.
Diante desses
fatos, o Padre Juca anunciara na Igreja que o ginásio iria funcionar, mas para
surpresa e desengano seu e de todas as pessoas, a Assembleia Legislativa,
alegando falta de recursos, excluiu definitivamente Morro do Chapéu do projeto.
E frustrado, mas sem abandonar o seu intento, Padre Juca, juntamente com Dr.
Renato Passos, fez um apelo em tom de desabafo através do Correio do Sertão nos
seguintes termos:
“A
Assembleia Estadual criou por lei, vinte e um ginásios, entre eles o de Morro
do Chapéu, entretanto, o Estado não pode instalá-lo por falta e recursos.
Julgamos, porém, a criação do ginásio desta cidade um problema inadiável,
porquanto nossa mocidade está a reclamar os direitos que a tantos outros são
assegurados.
A exemplo, pois de outros municípios há um caminho a se tornar a este
conduzirá à grande realização. A tarefa não é invencível nem somos um povo
incapaz de algum sacrifício pelo bem social da humanidade.
Assim, é que conclamamos tos as forças vivas de Morro do Chapéu – sem
distinção política – a cidade e do interior, da sede e dos distritos, inclusive
de Canarana e dos distritos que forma o futuro município, a que organizemos um
movimento e, em 1961, o ginásio de Morro do Chapéu funcionará.
O movimento consiste na organização de economia particular composta de
pelo menos, duzentos associados, cota e Cr$ 2.000,00 cada um, perfazendo um capital de Cr$
400.000,00 indispensáveis à instalação o ginásio.
Para seu funcionamento, ao Exmº. Sr Governador do Estado a nomeação de
três ou quatro professores, e do poder municipal uma substancial ajuda
financeira, esperando-se ainda um certo número de professores voluntários ou
não remunerados. Para tanto, se torna
necessária uma reunião de todos de boa vontade, cônscios da marcha do progresso
desta zona, e de já, discutindo-se o plano de sugestões que forem apresentadas”
Em outro
número publicou o Correio do Sertão
“CRIAÇÃO E INSTALAÇÃO – A Entidade
Mantenedora do Ginásio – O Centro Educacional Morrense que irá manter o Ginásio
Nossa Senhora da Graça
A EXTRAORDINÁRIA REUNIÃO DE FUNDAÇÃO
DO “CENTRO”
Conforme convocação anteriormente feita através deste jornal, foi levado
a efeito na noite de 1º de maio corrente, no salão da Câmara de Vereadores
desta cidade, a reunião na qual numa iniciativa das mais louváveis, foi fundado
o “Centro Educacional Morrense”, organização esta que manterá o “Ginásio N. S.
da Graça”
Assim, foram os trabalhos iniciados 21 horas, comparecendo à mesma,
grande número de pessoas representativas das mais diversas classes do nosso
município, inclusive, notando-se de modo geral o mais vivo interesse pelo que
propunha naquele momento, ou seja, a instalação de um Ginásio em Morro do
Chapéu. Inicialmente, coube ao Cônego José Soares França dar início à sessão,
para a qual convidou o Sr. Prefeito Municipal e o Sr. Moacir Gondim Ávila,
grande amigo de Morro do Chapéu, a comporem a mesa dos trabalhos, cabendo a
este último, como conhecedor e incentivador da criação do ginásio, fazer a
explanação geral do assunto, no que foi muito feliz, propondo em seguida a
fundação do Centro “Educacional Morrense”, com o mesmo método que ele fez para
criação do ginásio de Ituassu”.
Como não poderia de ser, foi a ideia apoiada pela unanimidade dos
presentes e igualmente aclamada a primeira diretoria que ficou assim
constituída: Presidente: Sr Lourival Guimarães Cunegundes; Vice-Presidente:
Cônego José Soares França; 1º e 2 º Secretários: Sr. Manoel Carvalho Abreu e
Natalino Dias de Brito; 1º e 2º Tesoureiros: Srs. Odilon Gomes da Rocha e
Adalberto Pereira; Oradora: Profª Judith Arlego.
Na mesma oportunidade, foi aclamada
a diretoria do futuro ginásio que denominar-se-á “ Ginásio N. S. da Graça”, em homenagem à
padroeira de Morro do Chapéu, fiando a mesma assim constituída: Diretor: Cônego José Soares França; Vice
Diretor: Dr José Mário de Lima; e, Secretária: Profª Ivone Abreu.
No decorrer da reunião usaram da palavra vários oradores, todos eles
expressando o seu otimismo quanto ao resultado do movimento e a satisfação pela maneira como todos ali se
imanavam por um ideal tão nobre.
Num grande gesto de boa vontade, o Sr. Prefeito deste município.
Prontificou e a ceder e entregar o prédio que deverá funcionar o ginásio, por
cuja extraordinária ajuda, sua senhoria se torna, desde já, digno dos nossos
melhores encômios.
Os Srs. José Hermenegildo de Oliveira, de Várzea Nova, e, Natalino Dias
de Brito, desta cidade, foram os primeiros que se inscreveram associados do
“CEM”
Assim, foi criado
em regime particular, o Ginásio Nossa senhora da Graça, mantido pela entidade filantrópica Centro
Educacional Morrense, que começou a funcionar em fevereiro de 1961, completando
assim, em 2011 o seu cinquentenário de uma rica história como uma entidade
de ensino que proporcionou oportunidade
para muitos jovens, não só deste município, mas de alguns outros da região como
Utinga, Cafarnaum, Canarana, Barra do Mendes, Ibititá, Ibipeba, Várzea Nova e dos
distritos de América Dourada, Gameleira dos Crentes e de Lapão do município de
Irecê. Vale ser dito que o jornal Correio do Sertão, desde 1957, fez uma
campanha cerrada falando da necessidade da criação do curso ginasial nesta
cidade e em prol da fundação do ginásio de Morro do Chapéu.
Fundado o
ginásio e diante da importante deliberação da então gestão municipal, suas
instalações foram no antigo prédio da Escola Coronel Dias Coelho, imponente
prédio edificado na gestão do intendente municipal Nicolau Grassi (confirmar),
que com as fortes chuvas do ano de 1960 teve sua estrutura abalada e as classes
do curso primário já estavam espalhadas por prédios públicos com a Igreja, a Minerva
e salas no fundo da Prefeitura. A interdição do prédio escolar, composto de
quatro salas edificadas numa posição de destaque e acima do solo e a advento da
criação do ginásio, levou o então prefeito Lourival Cunegundes a pleitear e
conseguir junto ao Governador Juracy Magalhães a construção de um novo prédio
escolar para abrigar o Grupo Escolar Dias Coelho, localizado naquela época no
antigo Campo de Futebol, hoje na Rua Antônio Carlos Magalhães, liberando assim,
o antigo e imponente prédio para funcionar o Ginásio Nossa Senhora da Graça.
Primeiro Exame de Admissão e a primeira
turma ginasial. Com as instalações e pronto para funcionar, foi promovido o
primeiro exame de admissão, tendo acontecido a primeira aula para a 1ª sério
(atual 5ª série) com uma turma de 27 alunos, no dia 11 de fevereiro de 1961,
ano em que também funcionou o Curso de Admissão, para aquela que se tornou a
sua segunda turma ginasial. Ou seja, o
ginásio começou a funcionar com duas turmas de alunos, uma da 1ª série e a
outra do Curso de Exame de Admissão. No primeiro Exame de Admissão, destacou-se
o aluno Laércio Novais Ribeiro, que passou em primeiro lugar e foi o primeiro
aluno a matricular-se na instituição, ele que veria a concluir o ginásio,
formar-se e tornar-se funcionário e professor dessa importante entidade de
ensino. Atualmente, esse destacado
ex-aluno é aposentado do BANEB e empresário e sócio proprietário da Pausada das
Bromélias desta cidade.
Professores fundadores do ginásio. Os primeiros e fundadores professores do
ginásio, muitos dos quais liberais, funcionários públicos e professores do Estado,
e, alguns deles atuando gratuitamente,
formou o seguinte corpo docente: Dr Edgar Pitangueiras, Promotor de Justiça –
professor de Português; Sr Odilon Gomes da Rocha, dissidentes do Curso de
Engenharia e Titular do Cartório de
Imóveis (ver quando assumiu o cartório), de Matemática e Desenho; Profª
Elizabeth Vasconcelos Gama, de Geografia do Brasil; Profª
José Maria Gomes Martins, de História do Brasil; Cônego José Soares França,
Padre Juca, de Latim; Profª Judith Arlego, de Canto Orfeônico; Profª Ivone Cruz Abreu, de Trabalhos Manuais; Josael Lima (Jota), de Educação Física, e, Bel.
Benito, de Francês, que dois meses depois, foi substituído pelo Professor
Manuel Pedro da Silva Filho, que mais adiante lecionou Inglês, atuou como
Professor de Educação Física e exerce o cargo de Secretário até a presente
data.
As primeiras
turmas de ginásio. A 1ª série foi composta dos seguintes alunos: Agenor Alberto Reis Valois, Antônio
Pinheiro Dias, Antônio Vasconcelos, Arnaldo Souza Oliveira, Cleuma Araujo de
Souza, Divan Carlos de Souza, Elvani Maria Arlego Farias, Francisco Hanilton
Souza Neto, Getúlio Pinheiro da Silva, Jeane Benedita Oliveira Souza, Joelito
Modesto dos Reis, Jomarito Bagano Guimarães, Laércio Novais Ribeiro, Lívia
Regina Costa Lopes, Maria de Lourdes Silva Pereira, Maria de Lourdes Sodré,
Maria Senna Marques, Nailda Souza Oliveira, Norma Alves de Souza, Railda Araujo
Gabriel, Reinaldo Ferreira de Brito, Rui Alves de Souza e Telma Lúcia Costa
Ribeiro (completar consultando caderneta no colégio). E a primeira turma de
Curso de Exame de Admissão, também fundadora do ginásio, entre outros alunos
são lembrados: Vana Guiomar de Souza,
Édila Costa Ribeiro, Aldaiza Oliveira da
Silva, Jailde Januário, Matilde Gomes Dourado, Eunice (filha de Manoel Egídio
da Catuaba), Valdélio Gonçalves de Oliveira, Nilton Garcia de Matos, Cleusio
Araujo Souza, Elizaldo Januário Gomes, Ulisses Valois Pereira (Tota), Paulo
Gabriel de Oliveira, Maria do Rosário Valois Coutinho, Maria Helena, Jacira
Munduruca (fizeram admissão no ginásio?) Marilene Reis Valois, Waldir Valois Costa, entre outros (melhor
consultar lista e relacionar todos em ordem alfabética)
Fundação da Associação da Associação de
Pais e Mestres e do Grêmio Estudantil.
No dia 15 de outubro de 1961 foi fundada a Associação de Pais e Mestre,
tem sido eleito seu primeiro presidente o benquisto farmacêutico Tolentino
Oliver Guimarães. O grêmio estudantil, que foi denominado Grêmio Monsenhor
Aquino Barbosa, teve como 1º Presidente, o brilhante aluno Antônio Pinheiro Dias,
de saudosa memória, entidade essa, que criou o time do Ginásio, formou uma equipe de basquetebol e teve depois grande influência
na formação política nos alunos da década de 60, tendo inclusive, promovido uma
passeata pedido energia com gritos de ordem “queremos luz, queremos luz”,
depois da cidade ficar às escuras durante nove meses.
Primeira turma de Licenciatura. Nos
idos passados, concluir o curso ginasial era alcançar um importante degrau, vez
que naquela época só podia fazer concursos públicos quem tivesse o curso de
ginasial. Em 1964, deu-se a licenciatura
da primeira turma que, cujo grupo era formado de vinte jovens, a maioria
daqueles que compuseram a primeira turma fundadora do ginásio. Sobre esse
inédito acontecimento para Morro do Chapéu, assim se reportou o Correio do
Sertão:
“Sob a assistência de exmas. famílias,
autoridades e pessoas de destaque da nossa sociedade, realizaram nesta cidade
às 20 horas do dia 6 do corrente mês, as
solenidades de licenciatura da primeira turma fundadora de ginásio...
As solenidades tiveram lugar no Teatro
“Odilon Costa”, havendo brilhante Te-Deum
em ação de graças, celebrado pelo Revmº. Cônego José Soares França, e cantado
por bem ensaiado conjunto, sob a regência da Profª. Judith Arlego, com o seminarista
Moisés Rodrigues Pereira ao harmonium,
Tota no Trombone e Paulo no clarinete.
Após o Te-deum, houve uma sessão cívica presidida pela Profª Judith Arlego,
Vice-Diretora do Ginásio, que estava ladeada pelos demais professores e
destacadas pessoas, a cerimônia de entrega de certificados ou diplomas aos
alunos concluintes do curso, comparecendo os mesmo ao lado dos padrinhos e
madrinhas, à proporção que eram chamados pelo Secretário do Ginásio, Prof.
Manoel Pedro da Silva
A sessão teve início com o “Hino Acadêmico”,
entoado pelos licenciados, em nome dos alunos discursou como orador, o jovem
Getúlio Pinheiro da Silva.
Como paraninfo da turma concluinte, discursou o Revmº Cônego
José Soares França, muito digno diretor e professor do ginásio, lendo uma bela
oração alusiva ao ato e a vida do nosso ginásio, referindo-se inclusive, ao
centenário de nascimento do Cel. Dias Coelho, cujo nome é sempre lembrado com
carinho como o maior filho, abnego benemérito que já teve a nossa terra.
Finalmente discursou a Srtª Cleuma
Araujo Souza, saudando e agradecendo em nome da turma concluinte, ao ilustre
paraninfo, Revmº. Cônego José Soares França, enaltecendo, com justiça, os
relevantes serviços prestados pelo mesmo Ginásio.
A sessão terminou aos sons do Hino
Nacional, cantado por todos os presentes, sendo então, familiarmente
felicitados todos os concluintes, numa festa toda de cordialidade de alegria eu
seus estimados lares.
O Correio do Sertão renova aqui os
seus parabéns mui sinceros a todos os jovens diplomados, aos seus prezados
progenitores, parabenizando também ao digno e esforçado corpo docente,
desejando ao nosso Ginásio maiores vitórias e crescente progresso” (bom citar a edição e a data do exemplar do jornal que
noticiou o evento)
Criação do Curso Pedagógico. O Correio do Sertão, de 28 de fevereiro de
1965, publicou o ato do Governador do Estado autorizando o Curso Pedagógico:
Decreto nº 19412-G de 19 de janeiro de
1965
O Governo do Estado da Bahia, no uso
das suas atribuições, tendo em vista o que consta do processo nº 24.235/64.
Resolve:
Artigo 1º - Fica autorizado nos termos da artigo 24 do
Decreto nº 11.762 de 21 de novembro de 1940, combinado com o que determina o
artigo 4º da Lei 737 de 22 de setembro de1955, o funcionamento a partir e março
de 1965, do Curso Pedagógico anexo ao Ginásio Nossa Senhora da Graça, da Cie de
Morro do Chapéu, sob regime de
fiscalização preliminar.
Artigo 2º - Revogam-se as disposições em contrário.
Palácio de Governo do Estado da Bahia,
em 19 de janeiro de 1965
(Ass.) – Antônio Lomanto Júnior –
Paulo Américo de Oliveira
O Correio do Sertão publica com
singular satisfação o Decreto acima, parabenizando o Ginásio, o povo de Morro
do Chapéu e toa essa região por esse auspicioso acontecimento. No próximo dia 4
de março reinicia mais um ano letivo com mais esta tarefa educacional
Criação
de outros cursos. Além do curso de magistério, foram criados a partir da
década de 70, cursos profissionalizantes, a saber: Curso Técnico de Contabilidade,
criado pela resolução nº 320/76; Curso Técnico em Administração, resolução
371/77; Curso Técnico em Agricultura, resolução 922/81, sendo que
foi no ano de 1981 que o colégio alcançou o seu maior número de alunos, num
total de 911, distribuídos nos três turnos: matutino, vespertino e noturno;
Curso Científico (Colegial), resolução 1.296/84, quando a entidade foi
reconhecida como colégio, sendo devidamente regulamento o funcionamento de
todos os cursos do 2º grau. Ao longo da
sua existência o colégio turmas de Técnico em Contabilidade; de
Técnico em Administração; e de Técnico Agrícola.
Colégio Nossa Senhora da Graça, uma
referência da região. A fundação do Ginásio Nossa Senhora da Graça foi um
grande marco para o município de Morro do Chapéu, ou seja, a cidade que outrora
era pacata teve um novo impulso com a vinda de grande quantidade de alunos de
outros municípios, impulsionando assim, a economia local com a presença de
alunos e famílias de outras localidades, fazendo crescer consideravelmente o
comércio com a criação de pensionatos, sendo que mais importante deles, o de
Julinda Dourado que abrigou estudantes de Ibititá e de outras cidades, tanto
assim, a ida dela aos bailes era imprescindível para levar as jovens que com
elas se hospedavam. Além disso, tornou
crescente a demanda por casas para aluguel, aumentou o trabalho das costureiras
e tornou a vida social mais animada naquela efervescente década de radical
mudança de comportamentos. A movimentação da cidade ficava tão intensa na época
das aulas que no período das férias era notado o vazio da cidade que ficava com
suas praças vazias e casas comerciais sentiam o abalo da saída dos estudantes
da cidade
Minhas sugestões:
1)
Colocar o hino do colégio na contracapa inicial
e os outros dois em duas colunas com letras em fonte menor na final
2)
Não deixar de fazer referência à primeira turma
de exame de admissão, inclusive relacionando os alunos, que também foram
fundadores do ginásio;
3)
Falar da primeira turma de professores formados
e fazer referência àqueles que primeiro se tornaram professores do ginásio
4)
Escrever sobre as diretorias: Padre Juca e seus
Vices, e os depois dele, bem como fazer referência às zeladoras desde Anédia
que também foram pessoas importantes para a entidade e de pessoas de fora que
atuaram como professores (Dr Luiz Carlos Matos, Paulo Henrique, Crescêncio,
bons professores de matemática e tantos outros de outras disciplinas)
5)
Estamos discutindo sobre o que incluir na
revista e muita coisa aqui descrita vai ser de grande importância para a
elaboração
6)
Não sei se seria bom e importante falar o que
contribuiu para o declínio do colégio (queda da economia, município pobre, extinção
das bolsas de estudos, fundação de dois colégios estaduais, bem como, dizer da
cessão de espaços para a UNOPAR
7)
Falar sobre as etapas de construção de salas, do
campo de futebol e outras melhorias.
8)
Sugiro ainda, recordar-se de algumas passagens
interessantes e incluir no livro. Tais como passeio a Cafarnaum no caminhão da
prefeitura, idas à Ilha de Friandes, caravanas de futebol, trotes em calouros,
excursões de turmas concluintes, visitas ilustres e por ai vai (o lúdico também
faz parte da história do colégio)
9)
Fazer referência às fardas, desde a primeira que
foi caqui
HINO
AOS TRINTA ANOS DO COLÉGIO NOSSA SENHORA DA GRAÇA
Letra: Marcelo Valois Coutinho Costa
Música: Jomarito Bagano Guimarães
Bendito, sejas tu educandário
Que aos incertos nautas foste guia
E o debulhar das contas do teu rosário
Foste vésper iluminando as serranias
Refrão
As gerações que por ti foram moldadas
Em três décadas de luta sem igual
Curvam-se ate tuas “bodas peroladas”
E te proclamam nesta marcha triunfal
Sublime estância, templo sagrado
Fluindo raios de luz pungente
Emanando rebentos transformados
Em frutos raros de invulgar semente
Achaste Graça no teu nome santo
Pela Nossa Senhora, és abençoado
Trilhando à sombra do seu vestal manto
Chegaste ao porto. Foste
laureado
HINO AO CENTENÁRIO DO
COLÉGIO NOSSA SENHORA DA GRAÇA
Letra Prof. Manoel Pedro da Silva Filho
Música: Thiago Valois Gonçalves
Meio século de luta e de
fé
A cidade recorda ardor
Toda cheia de imenso
futuro
Com alegria, repleta de
amor
Um feliz jubileu
festejamos
Das alturas, do frio e da
paz
A juventude desperta na
vida
A felicidade hoje nos traz
Na chapada surgiste feliz
Contemplando o jubileu
primeiro
A guiar com galhardia
tanta
O alunado orgulhoso e
ordeiro
Salve, salve querido
colégio
Que bem soube honrar sua raça
Tendo com padroeira excelsa
A Virgem Mãe da Divina
Graça