Texto de Octaviano Gonçalves de Oliveira
A primeira família, sobre a qual fiz um breve relato, foi a Miranda da minha mãe, cujos descendentes ainda continuam atuando ativamente em nosso município e quando não residindo em seu território, torcendo sempre pelo seu desenvolvimento. Desta feita, trago algumas informações da família GONÇALVES do meu pai, cujos descendentes, muitos ainda continuam vivendo e trabalhando no seu território e ajudando com seus esforços para ao crescimento do centenário município de Morro do Chapéu.
FAMÍLIA: GONÇALVES
PATRIARCAS:
ANTÔNIO GONÇALVES DE OLIVEIRA E GALDINA ISABEL DE OLIVEIRA.
A família GONÇALVES é
originária do Brejo Grande, município de Miguel Calmon e de lá, alguns dos seus
descendentes se transferiram para Morro do Chapéu. O casal teve quinze filhos, tendo
o seu patriarca adquirido duas propriedades neste município para acomodar seus
filhos que sempre tiveram seu irrestrito apoio ao se casarem. Tudo indica que
ele optou por nosso município para atenuar os efeitos do flagelo da seca de
1932, comprando aqui duas propriedades rurais. Uma, a Fazenda Formosa, que fica
entre os povoados dos Brejões e do Tamboril, em cujas terras às margens do Rio
Salitre ele construiu um curral de muros de pedras ainda existente naquela fazenda.
A outra propriedade foi a Fazenda Palmeira que fica a 15 quilômetros ao norte
da cidade, com brejos em toda a sua extensão onde alguns dos seus filhos cultivaram
cana e instalaram engenho para feitura de rapaduras e vinagre, além da criação
de gado, que na época pastava solto nos carrascos e tabuleiros onde era
encontrada comida em abundância para os animais.
Dos seus descendentes trabalharam na Palmeira, pelo menos seis dos seus
quinze filhos: Francisco Gonçalves, o segundo mais velho, pai de treze filhos
nos seus dois casamentos, dentre os quais, as netas que estão na foto, as quais
quando ficaram órfãs de mãe foram morar com seus avós paternos, sendo que ainda
vivem e residem na cidade: Otávio Francisco, Isabel (Zabilinha) e Rafael
Gonçalves, além de Elísia que aparece na foto. Também morou na Palmeira, a
filha dos patriarcas Belmira, a avó paterna de Dega do Pó-Só e bisavó de Cleová,
atual prefeito de Morro do Chapéu, cujo esposo era Bernardo Simão, tio de Seu
Nino, e, ainda Natanael Gonçalves, pai de Dionísio da padaria, famílias estas
que passaram algum tempo naquela propriedade rural, voltando depois às suas
origens.
Além de Francisco Gonçalves,
outros três filhos se casaram e fixaram residência na Palmeira e nunca saíram
do município de Morro do Chapéu. Foram eles: Fulgêncio, Salatiel (meu pai)
e Simão Gonçalves, os quais se casaram com três irmãs da família Miranda, cujas
famílias lá permaneceram até os primeiros anos da década de 60 do século
passado, onde mantiveram funcionando o engenho, famílias essas que criaram uma
boa convivência com a população de toda a redondeza, ainda mais porque
conseguiram para lá uma escola estadual, que nos fins da década foi fechada, e
mantiveram um campo de futebol, cujo
time jogava com equipes da cidade.
Além desses filhos, um neto dos patriarcas por parte da filha Maria
Rita, Adauto Assis de Oliveira, foi um destacado comerciante no ramo de padaria
em nossa cidade nas décadas de 60 e 70, tendo sido vereador em nosso município.
Atualmente, outros seus descendentes se destacam como comerciantes em nossa
cidade, quais sejam: Daílson, da Mercearia Popular (bisneto); Dionísio da
Padaria (neto); Delmiro (Dega) da Churrascaria Pó-Só (bisneto), Irlane Barbosa,
da lanchonete (bisneta) e mais, João Barreto (da Padaria Barreto) e Luciano da
Casa do Pão, sendo que este último é o atual Secretário de Esporte do município,
o idealizador e executor do Programa
Aluno Nota 10 implantado no município de Morro do Chapéu e que ganhou
destaque em todo o país.
Antes, os membros da família Gonçalves eram chamados de “galegos”, devido
a sua maioria ser comporta de loiros e sua grande maioria vivia na Palmeira,
lugar conhecido com a fazenda dos Gonçalves. Hoje em dia, seus descendentes se
acham espalhados por muitas partes do município e alguns deles, nascidos em
Morro do Chapéu, saíram para outras regiões e vivem em outras partes do Brasil,
trabalhando como sempre para o crescimento e o progresso do nosso país.
Salvador,
agosto de 2013.